Saiba porque nem todos os paradesportos estarão nos Jogos Paralímpicos 2016
Final da Copa do Mundo de Power Soccer, em 2011, em Paris. A modalidade ainda não faz parte dos Jogos Paralímpicos.
Além dos esportes paralímpicos convencionais, existe em todo o mundo uma grande quantidade de modalidades que ainda não integram o quadro paralímpico. É o caso do Handebol, do Hóquei e do Futebol, também conhecido como Power Soccer, todos em cadeira de rodas. No Brasil, a primeira e a última modalidade já existem há cerca de seis anos e já estão bastante evoluídas, contando até com uma seleção nacional.
Mas isso não sensibiliza as entidades que têm poder de decidir no esporte para as pessoas com deficiência. Embora o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) trabalhe para promover a inclusão do maior número possível de esportes, o processo de escolha das modalidades que estarão no programa paralímpico ainda é bastante polêmico e envolve uma série de fatores pouco divulgados pela entidade.
O Power Soccer, por exemplo, apesar de ser reconhecido pelo IPC, conta com uma Federação Internacional (FIPFA), luta desde 2009 para ser incluído nos jogos paralímpicos e até hoje não teve sucesso.
O vice-presidente da FIPFA, Luís Miguel Almeida, analisa que a situação é muito complicada para o Power Soccer e não espera um bom desfecho antes de 2024, já que os esportes que farão parte das paralimpíadas do Rio 2016 e de Tóquio 2020, já foram escolhidos. Para ele, a quantidade reduzida de países que praticam o esporte e o sistema pouco definido de classificação funcional da modalidade - que é o sistema utilizado para equilibrar os esportes levando em conta o grau das patologias- são os vilões para a não aprovação do esporte nos jogos paralímpicos.
“É preciso que tenham mais países praticantes, mais competições nacionais e internacionais. Só assim teremos mais visibilidade e seremos conhecidos melhor pelos representantes que votam nas elei- ções. Quanto mais praticantes, maior a chance dos votantes conhecerem o Power Soccer e de escolherem-no como modalidade paralímpica.” , sugere Almeida.
Para se ter ideia da perda que isso representa para o Brasil, é necessário observar o retrospecto brasileiro do Handebol e do Power Soccer. No Power Soccer, o Brasil ocupa a 3ª colocação no ranking das Américas, perdendo apenas para Estados Unidos e Canadá, enquanto que no Handebol em Cadeira de Rodas, o Brasil é considerado uma das melhores equipes e inclusive foi um dos criadores da modalidade no mundo.
A próxima votação para escolha dos novos paradesportos que farão parte das Olimpíadas de 2024 será realizada no início de 2018 e representa uma luz no fim do túnel para os praticantes das modalidades, já que esses esportes são favoritos para fazerem parte dos Jogos de 2024. Enquanto a grande decisão não sai, os esportistas e organizadores das modalidades não desanimam e participam de inúmeros campeonatos em todo o mundo. A possível inclusão desses esportes nas paralimpíadas de 2024 pode representar um grande avanço, tanto em relação a aparição de novos patrocinadores, atualmente bastante escassos, quanto ao reconhecimento e divulgação das modalidades, além do aumento no número de países praticantes.
show
ResponderExcluirShow de bola!
ResponderExcluir