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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Brasil: referência em paradesportos


Confira as modalidades paralímpicas em que o país tem chance de ir longe

Wanderson Oliveira, o Robinho do Futebol de Sete para pessoas com Paralisia Cerebral, já foi por três vezes escolhido o melhor do mundo na modalidade.

O Brasil, embora não desponte entre os favoritos para liderarem o primeiro lugar na classificação geral das Paralimpíadas de 2016, chama a atenção por ser referência e favorito a medalha de ouro em algumas modalidades. Atletismo, bocha , goalball, futebol de 5, futebol de 7 e natação são apenas umas das modalidades em que o Brasil se destaca.

Isso se deve ao fato do investimento em infraestrutura e dedicação dos atletas nessas modalidades. As modalidades ligadas ao futebol, por exemplo, são desenvolvidas pela Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (ANDEF), localizada no município de Niterói, em um local muito bem infraestruturado e afastado do estresse dos grandes centros urbanos, recebendo, assim, diversos investimentos privados e governamentais. Dessa forma, o local, que é de dar inveja a qualquer estrangeiro, propicia bons treinamentos ao futebol de 5, praticado por pessoas com deficiências visuais, e ao futebol de 7, praticado por pessoas com paralisia cerebral, que são transformados em medalhas de ouro,prata e bronze em todas as competições que disputam.

Entre os atletas brasileiros que disputam o Futebol de 7 está Wanderson Silva de Oliveira, um dos melhores jogadores do mundo da modalidade. A qualidade é tanta que ele é conhecido como Robinho, devido à semelhança física e técnica que ele apresenta com o craque do Santos e da Seleção Brasileira.

Wanderson considera que o empenho de seus treinadores, de seus apoiadores, da própria ANDEF e de seus companheiros de seleção brasileira são determinantes para o ótimo desempenho do paradesporto nas competições.

“Estamos com uma equipe muito boa, preparada e unida para o mesmo objetivo: subir ao pódio das Paralimpíadas de 2016 do Rio de Janeiro. Estou confiante que vamos apresentar um futebol vistoso, alegre e ousado”, explica Oliveira.

Enquanto isso, a bocha, um dos mais importantes e difundidos esportes da história dos jogos paralímpicos é desenvolvido e levado a sério pela Associação Nacional de Deficientes Físicos (ANDE), que coordena e auxilia todos os clubes filiados e associados a ela que desempenhem a prática de alto desempenho da Bocha. Nas últimas paralimpiadas de 2012, realizada em Londres, o Brasil conquistou três ouros no esporte, graças ao bom desempenho individual de Maciel de Souza e Dirceu Pinto e da dupla Dirceu Pinto e Eliseu Santos.

Por fim, no atletismo e na natação, o Brasil também apresenta muitos resultados positivos e surpreende por sua garra e determinação. Na nata- ção, o Brasil conquistou 9 medalhas de ouro em 2012 graças ao bom desempenho dos atletas Daniel Dias e André Brasil. Já no atletismo foram 7 medalhas de ouro em 2012, com destaque para Alan Fonteles, deficiente físico paraense, e a Terezinha Guilhermina, mineira e deficiente visual. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) espera que o Brasil consiga ir mais além e conquiste ainda mais medalhas nos Jogos.

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